Um
desconhecido me beijou durante o voo – e eu amei!
Já se sentou ao lado de um estranho durante um voo e teve curiosidade de
saber mais sobre ele? Puxou assunto, levou um papo ou ficou tímido e se
retraiu?
Ou ainda você é do tipo que adora uma aventura e toparia ficar com
alguém durante o voo, com um completo estranho? Será que amor que decola com o
avião termina no pouso?
Leila Costa, uma paulistana
que trabalha como designer de interiores acalentava o sonho de conhecer Pompéia
na Itália e aproveitar a viagem para ir ao Norte a Suécia tentar ver a Aurora Boreal.
Depois de um dia estressante
no trabalho, decidiu: Abriu um site e comprou uma passagem com destino a Estocolmo,
depois Itália. Estava no meio de uma obra e nem sabia se daria tempo de
terminar antes da viagem, mas estava decidida, não podia adiar mais.
Três meses depois estava Leila
dentro do avião rumo a viagem de seus sonhos. Na empolgação da viajem acabou
errando o assento, ficou no meio de 2 indianos enormes, chegou até a murmurar
acreditando em uma longa e chata viajem. Mas para sorte de Leila apareceu o
dono da poltrona e ela foi para seu devido lugar, ao lado de Edu, um mineiro
simpático com celular e fone de ouvido nas mãos.
Pensou: Graças a Deus! Pediu licença
e sentou e 5 minutos depois ele puxou assunto, o de sempre: De onde você é? Para
onde vai? O que vai fazer lá? Quanto tempo vai ficar? Essas coisas. E segue a prosa.
O avião decolou e uns 15 min
depois, o mineiro faz um convite: Vamos assistir um filme juntos? Leila pensou: Tudo bem, tela igual para os
dois e cada um com seu fone.
Passados 10 minutos de filme, Leila
conta que Edu levou a sério essa história de cinema e que ela sentiu a mão dele
deslizar pelo seu braço. Ela não estava acreditando na ousadia do moço, se
virou para tentar entender melhor o que estava acontecendo e ganhou um beijo,
desses que a gente ganha no cinema. Ela confessa que pensou: “Para quem diz que
mineiro é devagar é porque não conhece a “ligeresa” desse moço”.
Leila deixou fluir, por que
não? Claro que o filme não foi importante, aliás ela nem se quer se lembra qual
era, é claro. No intervalo de muitos beijos, jantaram juntinhos, dormiram
juntinhos.
Ela ainda se lembra de rir
muito imaginando o que os passageiros ao lado pensavam sobre a situação. Mesmo
assim não se incomodava e dá-lhe mais beijos.
Foram as 10 horas de voo mais
rápidas da sua vida. Logo o casal chegou em Amsterdam. Ele um fofo a acompanhou
até o seu portão, trocaram e-mails (único meio de comunicação pois Edu ia
ficar um ano na Europa) e antes de ir o último beijo e cada qual para seu
destino.
Leila conta que não acreditou
que ele a escreveria, mas 15 dias depois chegou o primeiro de muitos e-mails.
Não conseguiram se encontrar na Europa, mas sempre se comunicavam pelas redes
sociais e por e-mail.
Até que num belo dia recebeu a
tão esperada mensagem: “Volto para o Brasil semana que vem. Quero te ver!” Mas quando foi navegar pelo face do rapaz,
percebeu que ele não estava mais sozinho, ela então declinou o convite, mesmo
com a insistência do rapaz. Ele se justificou: estava se separando, mesmo assim
Leila não achou uma boa ideia.
Tempos depois novo encontro
pelas redes sociais, agora o rapaz já tinha um bebê, mas, estava disposto a
terminar o que começaram no avião. Edu não desistia, mas ela o convenceu a
deixar quieto, não queria correr o risco de estragar algo tão especial e ainda
machucar alguém.
Leila confessa que foi
complicado resistir, a tentação foi grande, afinal ela não conseguia entender
por que mesmo depois de tanto tempo a vontade de encontrar aquele mineirinho
não passava, e, embora por vezes ele insistisse em vê-la, ela conseguiu
convencê-lo a deixar a história só lá, naquele voo, aquele avião.
Depois de 5 anos a amizade
continuou, o único encontro ao vivo foi aquele. E hoje, sempre que se falam, a
última frase dele é: “Nunca vou esquecer você. Você é muito especial para mim”.
Para encerrar sua história que
está longe de terminar, Leila cita Vinicius de Morais: “A vida é a arte do
encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”. E afirma que este foi o
desencontro, mais encontrado que teve, daqueles que a gente conta para os
amigos gargalhando e ainda vai contar por muito e muito tempo, até quando
estiver bem velhinha: “É, teve uma vez, numa viagem SP- Amsterdam, um mineirinho
que... Eh laiá.
Você
já viveu uma aventura como essa?
E em
um avião?
Gostaria
muito de conhecer sua história.
Mande
ou comente esse post.
Amanhã
será postado outra história incrível que começou nas nuvens.
Não
perca.
Um comentário:
Cadela no cio...
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