VIDA DE COMISSÁRIO DE VOO
O que acontece nos bastidores do voo
II
Você que tem acompanhado essa série de post que estamos fazendo homenageando os Comissários de voo já entendeu que esses profissionais estão muito longe de ser figuras decorativas a bordo ou ainda necessários apenas para fazer o serviço de bordo.
Sim, eles deixam nossa viagem
mais confortável, mas sua principal função a bordo é a segurança dos
passageiros, atender as emergências, orientar, resguardar nossa integridade
física durante o voo.
Mas que tipo de emergências
esses profissionais lidam no seu dia a dia?
Nesse post vamos falar sobre
emoções fortes, como um tripulante lida com o nascimento de um bebê e também
com a perda de uma vida a bordo.
Prepare-se: fortes emoções a
bordo!
Célio é um comissário
experiente, com muitas horas de voo e não deixa de se emocionar ao contar suas
experiencias quando o assunto é vida humana.
Ajudar um bebê a vir ao mundo
por exemplo, é uma experiência ímpar em sua carreira. Ele se sente muito
privilegiado por ter tido essa experiência duas vezes ao longo de sua carreira.
Ele nos contou que em um voo
com destino a Ilha do Sal, na África, um bebê que não quis esperar chegar ao
destino, resolveu vir ao mundo ali mesmo, na galley do
avião. Sua mãe, uma senhora de aproximadamente 40 anos, já tinha outro filho.
Ela deitou-se no chão e, como disse o Célio, deixou a natureza fazer seu
trabalho. A ele coube preservar a privacidade dela, cuidar para que aquele
ambiente fosse o mais limpo possível e assistir emocionado a vida acontecendo.
Em outro voo, ele também
ajudou uma jovem de 18 anos que estava sobrevoando o Japão a dar à luz. Esse
caso não foi assim tão tranquilo, uma vez que era o primeiro filho da
parturiente e ela gritava muito por conta das dores, o que deixou a tripulação
e passageiros nervosos. Além disso esse trabalho de parto foi um tanto
demorado. Uma angústia para quem estava por perto e não podia fazer nada a
respeito.
Em ambos os casos quando o bebê
nasceu o alívio e a emoção tomou conta não só da tripulação, mas de todos os
passageiros, com certeza.
Eu mesma já viajei de avião
quando estava grávida de 7 meses (31 semanas) da minha filha caçula. Na época a
companhia informou que eu precisaria portar um atestado do meu médico dizendo
que eu poderia viajar sem problemas. Embora não possuísse tal documento viajei
sem problemas.
Hoje é praxe de algumas
companhias pedir esse documento dos médicos, exatamente para evitar situações
como as que acabamos de relatar.
Na Azul por exemplo, entre a
29ª e 35ª semanas a gestante deve apresentar o atestado médico autorizando a
viagem. Entre a 36ª a 37ª semanas além da autorização médica a gestante deverá preencher
uma Declaração de Responsabilidade fornecida pela empresa e disponíveis nos
aeroportos. Mas a partir da 38ª semana a gestante só poderá viajar acompanhada
pelo seu médico.
Na Latam os procedimentos são
bem parecidos, da 28ª até a 36ª semanas de gestação atestado médico, necessário
apresentá-lo no check-in. A partir das 36º semanas além do atestado será
necessário enviar um formulário de informações médicas para viagens, disponível
no site da empresa para análise da equipe médica da Latam. Esse documento deverá
ser apresentado também no check-in junto com demais documentos.
No caso da Gol até a 37ª
semanas é semelhante a outras companhias, mas a partir da 38ª só é permitido o
embarque da gestante em situação de extrema necessidade e com a Declaração de Responsabilidade
preenchida, além de estar acompanhada por um médico obstetra.
Vida de comissário é realmente
emocionante.
Você já vivenciou alguma emergência
a bordo?
Próximo post: o que acontece
quando você dorme durante o voo?
Tem uma história hilária (será
sonambulismo?), não perca
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