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20 de junho de 2016

A incrível experiência de voar

Depois de explorarmos o mercado da aviação, as diversas profissões que alguém pode exercer ao se formar neste curso e ainda como se formar como piloto, hoje queremos relatar como é essa experiência de voar.
Segue abaixo um incrível relato do Felipe Duque, um estudante do curso Bacharel de Aviação Civil, da Universidade da Anhembi Morumbi – SP que vivenciou essa experiência e queremos compartilhar com vocês:
“Por algumas vezes me questionaram: como foi voar o Paulistinha? Uma experiência incrível pode garantir!

O Paulistinha (P56B) é uma aeronave monomotora, brasileira criada pela Neiva com plataforma no americano Piper Cub. Seu primeiro voo foi em 1941, e pode ser equipado com motores Lycoming Continental que vai de 80 a 150hp. É considerado um dos treinadores de maior sucesso do Brasil.
A própria Força Aérea e Marinha brasileira o utilizaram de 1959 a 1967. Por isso, tenho orgulho de ter feito parte da FAB. Sim, a Força Aérea Bragantina, onde realizei parte de meu treinamento de piloto privado, no Aeroclube de Bragança Paulista.
Brincadeiras a parte, meu primeiro voo de Paulistinha foi um das experiências mais incríveis da minha vida. Algo que fica entre o medo e a realização de um sonho. Na hora que o instrutor ‘encheu a mão’, eu tinha certeza que o avião iria desmontar, e eu me sentiria o Muttley em uma corrida maluca.

Na hora que o avião saiu do chão a turbulência foi leve, mesmo assim descobri que eu tinha medo: de voar, de altura, de avião, etc. O pior foi quando atingimos 500ft e o instrutor disse: “está contigo”. Lembro-me de ter pensado: “quero ser suicida tanto quanto todos esses pilotos de Paulistinha que voam por ai”.
Sentimentos estes que foram completamente intensificados nos voos seguintes. A decolagem do Paulistinha é simplesmente inacreditável. Para marinheiros de primeira viagem, ou aviadores que seja, é uma experiência indescritível. Algo entre o descontrole total e o aperfeiçoamento de habilidades que vai te tornar um exímio piloto.
Nas horas seguintes, a turbulência que era desconfortável, se tornou conhecida. Conheci térmicas, conheci o stoll (aaaa… o stoll do Paulistinha…) e descobri que tinha sangue frio para situações de emergência. Claro que turbulências, mal tempo e térmicas não formam um piloto, mas creio que te deixam extremamente preparado para o que há de vir.
Voar o Paulistinha é voar o avião que pode transformar o menino sonhador em um verdadeiro aviador. Um desafio vencido apenas na terceira vez (fui reprovado duas vezes na missão de coordenação de primeiro e segundo tipo).
Enfim, voar o Paulistinha para mim pairou entre o completo medo e a experiência de conhecer a mim mesmo e superar meus receios.
Se você hoje voa esta aeronave, orgulhe-se, pois ela vai lhe formar um piloto com habilidades ímpares. Uma aeronave que é muito sensível aos comandos, ganha e perde altitude praticamente sem movimentação das superfícies de comando, pelo simples fato de estar quente, e ainda é altamente suscetível ao mal tempo, dominá-la poderá prepará-lo com a sensibilidade necessária para ser um excelente piloto.
Pilotar um Paulistinha: uma experiência ímpar que eu recomendo.”
E você??? Como foi seu primeiro voo? Conte sua história nos comentários deste post. E para quem também tem histórias fantásticas e deseja publicá-la, por favor envie-nos para: contato@eaereo.com.br

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